
Estima-se que restem menos de 1 mil onças-pintadas (Panthera onca) no Cerrado. Nos últimos 25 anos, acredita-se que houve uma redução de 25% desses felinos no bioma e essa subpopulação da espécie é considerada ameaçada de extinção. Por essa razão, a chegada de dois filhotes é motivo de muita celebração! As oncinhas nasceram no Refúgio Bem Viver, em Betim (MG).
Os filhotes, dois machos, são filhos de Oxóssi e Serena. O pai é uma onça melânica, assim como um dos recém-nascidos, também conhecida como onça-preta. Indivíduos assim raros na natureza, pois não possuem a pelagem tradicional, pintada, mas negra. Eles apresentam uma variação genética responsável pelo aumento da produção de melanina, o que dá a seu corpo a tonalidade escura.
O nascimento dos filhotes é um importante avanço na reprodução ex-situ (em cativeiro) das onças do Cerrado. E ele só foi possível graças à parceria entre o Refúgio Bem Viver e o Instituto NEX No Extinction, instituição em Corumbá do Goiás, especializada no acolhimento e tratamento de felinos resgatados, e o lar de Oxóssi.
“O nascimento desses filhotes é uma vitória não apenas para nossas instituições, mas para toda a conservação da biodiversidade brasileira”, diz Felipe Esteves, fundador do Refúgio Bem Viver. “Eles representam esperança e mostram que o trabalho colaborativo pode fazer a diferença em um cenário tão crítico para a fauna do Cerrado.”
Segundo ele, a expectativa é que, com o fortalecimento do plantel genético dessas instituições, seja possível futuramente integrar esses animais a programas de reintrodução monitorada em áreas protegidas, promovendo, assim, ações de conservação in-situ (na natureza), que visam restaurar as populações selvagens em seu ambiente natural.

Foto: divulgação Refúgio Bem Viver
Tanto o refúgio mineiro como o NEX fazem parte do Programa de Conservação Ex Situ da Onça-Pintada vinculado ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), que faz parte do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Esteves revela que as duas oncinhas devem permanecer ao lado de Serena por pelo menos seis meses e depois uma delas deve ser encaminhada a outro centro que faça parte do programa de reprodução em cativeiro da espécie.

Foto: divulgação Refúgio Bem Viver
Confira abaixo um registro rápido, e à distância, dos filhotes:
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Que Deus e os pesquisadores não permitam a extinção de um ser tão magnífico!!!!💗💗💗
Essas onças são do instituto NEX e não fica em Minas Gerais. Se atentem a ar a informação certo!
Prezado Henrique,
Por favor, leia a reportagem com atenção, os detalhes estão todos lá. O pai, o Oxóssi, é do NEX, mas não a mãe. E o nascimento ocorreu em Minas Gerais.
Abraço,
Suzana
No zoológico de Pomerode SC tem uma onça preta dessa aí.