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A enfermeira Mônica Calazans é a primeira brasileira a ser vacinada contra a COVID-19 no país

A enfermeira Mônica Calazans é a primeira brasileira a ser vacinada contra a COVID-19 no país

Mônica Aparecida Calazans. Este é o nome da enfermeira, que trabalha em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, e que foi a primeira pessoa no Brasil a receber a vacina da CoronaVac, aprovada hoje pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com 54 anos, hipertensa, diabética e obesa, por nenhum momento Mônica deixou de trabalhar na linha de frente da pandemia. Assim como outros milhares de profissionais no Brasil, ela arriscou a própria vida para salvar a do próximo.

“Eu não sei por que eu não tenho medo. Não consigo explicar isso. É uma profissão em que você não pode ter medo”, disse a enfermeira quando recebeu o prêmio Heroína do Ano, da CNN, em 2020. “Eu me considero vencedora, porque desde o início eu estou me dando de peito aberto para cuidar das pessoas. Eu só tenho a agradecer”.

A enfermeira Mônica Calazans é a primeira brasileira a ser vacinada contra a COVID-19 no país

Mônica, recebendo a vacina

Em um ato simbólico, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), logo após a aprovação em Brasília para o uso emergencial das vacinas CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, e também, desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e fabricada pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca (com parceria da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz -, no Brasil), foram vacinados os primeiros profissionais de saúde e também, uma representante dos povos indígenas, a técnica de enfermagem e assistente social, Vanusa Kaimbé.

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A enfermeira Mônica Calazans é a primeira brasileira a ser vacinada contra a COVID-19 no país

Além de Vanusa, outros profissionais de saúde também foram vacinados

Assim como no Plano Nacional de Vacinação, divulgado pelo governo federal, em dezembro, o Plano Estadual de Imunização do Estado de São Paulo, profissionais de saúde e indígenas e quilombolas aparecem no grupo prioritário para receberem as primeiras vacinas, assim como idosos.

Mônica Calazans tinha sido uma das milhares de pessoas – na grande maioria, profissionais de saúde -, que participaram como voluntárias nos testes e estudos para comprovar a eficácia e a segurança da vacina da CoronaVac no Brasil. Todavia, ela tinha recebido o placebo (50% dos voluntários recebem a vacina e outros 50% o placebo, uma formulação sem efeito farmacológico, como um soro fisiológico).

Como, na prática, ela não tinha sido imunizada ainda contra a COVID-19, foi escolhida para receber a primeira dose da CoronaVac. Viúva, Mônica é moradora do bairro do Itaquera e cuida da mãe, de 72 anos.

“Que a população acredite na vacina. Estou falando agora como mulher, brasileira, mulher negra, que acreditem na vacina. Vamos pensar no monte de vidas que nós perdemos, quantas famílias nós perdemos, quantos pais, mães, irmãos. Eu quase perdi um irmão também com Covid. E diante disso é que eu tomei coragem e participei da campanha da vacina”, disse ela. “Falo com segurança e propriedade, não tenham medo”.

Segundo pronunciamento feito pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a distribuição das vacinas para os demais estados deve começar amanhã e a campanha nacional de imunização na próxima quarta-feira, às 10h.

Apesar da boa notícia, vale um alerta: ainda estamos muito longe do final da pandemia! Continue usando máscaras de proteção, mantendo o distanciamento social e lavando as mãos com frequência!

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Fotos: divulgação Governo do Estado de São Paulo/Fotos Públicas

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Isabela Saramago
Isabela Saramago
4 anos atrás

Me explica: como pode ser seguro se a enfermeira aplica a vacina sem luvas?

Walkborder
4 anos atrás

Que seja o inicio do fim…

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