Não havia mesmo como não avistá-la. A crista amarela belíssima é a principal característica dessa ave que também tem um nome imponente, o picanço-de-crista-amarela ou o picanço-do-rei-Albert. Todavia, há mais de duas décadas a espécie, Prionops alberti, não era avistada e temia-se que ela tivesse sido extinta.
Mas boas notícias chegam de pesquisadores que fizeram uma expedição na cadeia de montanhas Itombwe, na República Democrática do Congo, na África.
“Foi uma experiência inesquecível encontrar essas aves. Sabíamos que elas poderiam ser achadas aqui, mas não estava preparado para o quão espetaculares e únicas elas pareceriam na vida real”, contou Michael Harvey, ornitólogo e professor assistente do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade do Texas, El Paso.
Os picanços-de-crista-amarela foram observados em grandes altitudes, nas chamadas florestas das nuvens, e no total os participantes da expedição registraram 18 indivíduos da espécie, em três localidades diferentes.
“Isso nos dá esperança de que talvez a espécie ainda tenha uma população razoavelmente saudável nas florestas remotas da região”, diz Harvey. “Mas a mineração e a exploração madeireira, bem como o desmatamento de florestas para a agricultura, estão fazendo incursões profundas nas florestas da cordilheira de Itombwe. Estamos em discussões com outros pesquisadores e organizações conservacionistas para promover esforços para proteger as florestas da região e o picanço-de-crista-amarela”.
Pouco se sabe sobre os hábitos e comportamento desse pássaro, justamente por viver em áreas remotas.
“Temos neste momento uma oportunidade de ouro para proteger estas florestas tropicais, para que não percamos espécies, como o picanço-de-crista-amarela, antes de serem conhecidas e estudadas”, alerta o ornitólogo.
O Prionops alberti fazia parte de uma lista de 130 espécies de aves consideradas perdidas pela American Bird Conservancy.
Em 2022 contamos a história de uma dessas espécies que foi redescoberta na Papua Nova Guiné, na Oceania, o pombo-faisão-de-nuca-preta (Otidiphaps insularis). O pesquisador ficou tão emocionado na época que deu pulos de alegria ao encontrar o animal, que tinha sido avistado pela última vez em 1882.
*Com informações e entrevista contida no texto de divulgação da Universidade do Texas, El Paso
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Aves, extraordinárias
Foto de abertura: Matt Brady / The University of Texas at El Paso
Putz! Pra que capturar o Pássaro??…
Se foi capturado, grande probabilidade desse animal ir parar num acervo desses oligarcas sem noção espalhados pelo mundo. Lamentável.
Ele não foi capturado, apenas tirou-se foto dele!
Abraço,
Suzana
Hoje vi um arinho igual , aqui no meu jardim de casa !
Acabei de ver um aqui no quintal da minha casa! Itaipuaçu, Maricá, rio de janeiro
Avistei somente um na árvore