O uso de drones está sendo cada vez mais utilizado como um tecnologia em prol da pesquisa científica e da conservação ambiental. Lugares de difícil o, que antes pesquisadores não conseguiam atingir, agora podem ser estudados. Este é o caso do vídeo feito no Monumento Natural Estadual Serra das Torres (Monast), uma unidade de conservação localizada no Espírito Santo.
Pesquisadores do local estavam fazendo o monitoramento da região, quando se depararam bem no alto de um jequitibá (Cariniana legalis) centenário com uma espécie de orquídea, a Cattleya warneri, classificada como “criticamente ameaçada de extinção” no estado, ou seja, um o antes de desaparecer da natureza.
O jequitibá fica nas margens de uma estrada principal e próximo a uma fazenda. Está isolado numa área de pasto e por isso chama a atenção pelo porte e exuberância.
“Contudo, essa árvore tem algo mais que nos chamou a atenção. Com a aproximação feita por drone, conseguimos identificar plantas epífitas (que vivem sobre outras) presas ao seu tronco e galhos. Encontramos ao menos quatro outras espécies de plantas dos grupos das orquídeas, araceaes, bromélias e cactos”, contaram os pesquisadores nas redes sociais do Monast. “Além é claro, do bem-te-vi, que ficou muito incomodado com a nossa presença por ali”.
A equipe divulgou esse vídeo lindo abaixo e escreveu ainda: “Esse exemplo nos dá a ideia de como é na floresta. A princípio parece que só vemos árvores, mas cada uma delas propicia que uma infinidade de outras vidas se estabeleçam”.
A orquídea da espécie Cattleya warneri é nativa do Espírito Santo e de Minas Gerais, também pode ser observado ao norte do Rio de Janeiro e no sul da Bahia. Ela começa a surgir em altitudes de 100 a 200 metros e chega até os 800 metros. É uma planta que gosta de luminosidade e muita umidade.
Infelizmente como outras espécies de orquídeas ela sofre não apenas a ameaça da perda de habitat, mas também a exploração comercial abusiva.
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Foto de abertura: snotch from Sapporo, Hokkaido, Japan, CC BY 2.0 via Wikimedia Commons
