
Desde setembro do ano ado, a ativista sueca Greta Thunberg não aparecia no noticiário nacional. Na verdade, esta notícia ainda não foi divulgada na grande mídia nacional. Eu a descobri no vídeo publicado pela Federação Árabe Palestina (Fepal) em seu Instagram, no qual Greta explica a ação. Depois confirmei no perfil da ativista e em veículos estrangeiros.
Ontem (24), usando um lenço palestino, ela se juntou ao Movimento Juvenil Palestino e sua campanha Mask off Mærsk, em Copenhague, na Dinamarca. Segundo a polícia local, cerca de 20 pessoas foram presas enquanto participavam de protesto na sede da Mærsk (abreviação de A.P. Moller-Maersk Group, empresa dinamarquesa de logística e transporte), com o intuito de impedir o embarque de armas e equipamentos militares para Israel; além de exigir que a companhia pare de contribuir para o genocídio dos palestinos, definitivamente. Mas não foi confirmado se a ativista estava entre os detidos.
No vídeo que compartilhou nas redes sociais, Greta explicou: “Estamos agora fora da Mærsk, uma das maiores companhias de navegação do mundo que, apenas no ano ado, enviou milhares de toneladas de equipamento militar à Israel para armá-los durante seu genocídio em Gaza. E estamos aqui para exigir que a Mærsk deve parar todo o transporte de armas e componentes de armas para Israel. Eles devem rescindir todos os contratos e investimentos que apoiam o genocídio e a ocupação da Palestina. E a Dinamarca deve implantar embargo militar completo contra Israel”.
E continuou: “Estamos aqui porque sabemos que a Mærsk não vai fazer isso por nós. Mas temos evidências esmagadoras mostrando que Israel está cometendo genocídio na Palestina. As pessoas têm tentado resistir por muito tempo, mas eles não estão ouvindo. Então, assumimos esta ação porque sabemos que essas grandes empresas estão interessadas apenas em lucros. Estamos usando nosso dever democrático como cidadãos para defender o que é certo: lutar por justiça, por uma Palestina livre”.
Segundo a agência de notícias AFP, a Mærsk negou que a carga continha armas ou munição. “Essas remessas contêm equipamentos militares e são derivadas da política dos EUA sob o programa de cooperação de segurança EUA-Israel. A carga foi rastreada e está em conformidade com as leis aplicáveis”.
Porta-voz da polícia declarou à AFP que os policiais tentaram dialogar com os manifestantes para que saíssem da área, já que era uma “área privada, mas o diálogo parou e tivemos que usar os meios necessários para remover os manifestantes”. O sinônimo de “meios necessários” é “o uso de cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo”.
Desde o início dos ataques de Israel à Gaza (como resposta desproporcional ao ataque do Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023), Greta – que se tornou símbolo do movimento de protesto climático Fridays for Future –, vem participando de diferentes manifestações em apoio aos palestinos, em especial em junho do ano ado, na Alemanha, e em setembro, na Dinamarca, quando foi presa.
A seguir, assista ao vídeo publicado pela Fepal (que divulgou que Greta havia sido presa, mas depois observou que a informação não foi confirmada pela polícia) e, também, por Greta:
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Federação Árabe Palestina (@fepal_brasil)
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Kolektyw Dziennikarstwa Aktywistycznego (@kolektyw_dziennikarski)
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Foto (destaque): reproduções de vídeo
Com informações da Fepal, Copenhague Post e das redes de Greta Thunberg