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Mais de 500 baleias já foram mortas em dois meses nas matanças ‘legais’ nas Ilhas Faroé

Mais de 500 baleias já foram mortas em dois meses nas matanças 'legais' nas Ilhas Faroé

Novas imagens chocantes chegam das Ilhas Faroé, um território autônomo da Dinamarca, localizado no Atlântico Norte entre a Escócia e a Islândia. Divulgadas pela Sea Shepherd do Reino Unido, elas mostram um mar vermelho de sangue e centenas de baleias-piloto sem vida.

Segundo a organização, em apenas um dia 100 baleias foram mortas durante a realização de mais um grindadráp, ou simplesmente grind, o abate legal e promovido pelo governo local, que apesar de críticas e protestos internacionais, alega que a matança das baleias é uma tradição milenar iniciada pelos povos Vikings e promoveria a cultura e o senso de comunidade entre os moradores e também, forneceria alimento (a carne), estocada durante vários meses.

“Estamos absolutamente horrorizados em compartilhar com vocês que outros dois grinds foram convocados hoje nas Ilhas Faroé. Estima-se que cerca de 100 baleias-piloto foram mortas desnecessariamente hoje na primeira caçada. Estamos trabalhando para garantir a documentação e confirmar os números”, compartilhou a Sea Shepherd em suas redes sociais.

Mais de 500 baleias já foram mortas em dois meses nas matanças 'legais' nas Ilhas Faroé

Segundo a Sea Shepherd, as baleias abatidas faziam parte de uma família muito maior,
estimada em cerca de 700 indivíduos
(Foto: divulgação Sea Shepherd UK)

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Dezenas delas já tinham sido mortas em meados de maio, conforme mostramos aqui nesta outra reportagem.

A organização explica que pode apenas acompanhar, de longe, a matança, e está impedida de realizar qualquer tipo de protesto próximo porque o grind é legal e os manifestantes podem ser presos e deportados, o que já aconteceu antes.

“Nossos registros são a principal razão pela qual o mundo está ciente da matança e, se nos for negado o o ao país, as baleias-piloto morreriam despercebidas e sem ninguém tentando impedir. Se pensássemos por um segundo que apenas uma única baleia seria salva se infringir a lei, nossos voluntários certamente o fariam”, diz a Sea Shepherd.

A baleia-piloto (Globicephala macrorhynchus) é uma espécie do grupo dos golfinhos, mas pelo seu grande tamanho, pode chegar a 7,3 metros de comprimento e pesar mais de 3 toneladas, é chamadas popularmente de baleia. 

Mais de 500 baleias já foram mortas em dois meses nas matanças 'legais' nas Ilhas Faroé

Os barcos encurralam as baleias numa baía para que elas possam ser mortas mais facilmente
(Foto: divulgação Sea Shepherd UK)

Governo determinou limite máximo de baleias mortas

Embora o grind seja legal nas Ilhas Faroé, o abate de quase 1.500 baleias em 2021 provocou revolta e choque mundial. Por isso, no ano ado, o governo anunciou que haveria um limite máximo de 500 desses animais mortos a cada ano (leia mais aqui).

Para matar as baleias, barcos as encurralam próximo da costa e as forçam a ir até uma baía. Lá, quando encalham na água, são mortas com facões.

As “regras” oficiais determinam que a morte dos animais deveria ser rápida e sem sofrimento. Os envolvidos na prática precisam fazer curso e ter uma licença. Mas a Sea Shepherd denuncia irregularidades e a matança desnecessária de um número enorme desses cetáceos.

De acordo com a ONG, apesar da justificativa de que essa é uma tradição local, uma pesquisa realizada em 2021 após o massacre de centenas de golfinhos constatou que mais de 50% dos entrevistados, moradores de Faroé, eram a favor do fim da caça.

Já um estudo de 2014 sobre o consumo de baleias nas ilhas descobriu que 47% dos participantes raramente ou nunca comiam carne de baleia.

Mais de 500 baleias já foram mortas em dois meses nas matanças 'legais' nas Ilhas Faroé

Imagem chocante e revoltante
(Foto: divulgação Sea Shepherd UK)

Foto de abertura: divulgação Sea Shepherd UK

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