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Mulheres na Ciência: participação feminina cresce 29% em 20 anos e coloca Brasil em terceiro lugar de ranking mundial

Mulheres na Ciência: participação feminina cresce 29% em 20 anos e coloca Brasil em terceiro lugar de ranking mundial

participação de brasileiras na Ciência como autoras de publicações científicas cresceu 29% nos últimos vinte anos, aproximando a produção científica de uma equidade de gênero, principalmente entre as pesquisadoras com carreiras mais jovens. Também coloca o Brasil em terceiro lugar no ranking  de 18 países mais a União Europeia (UE).

Com 49% da produção cientifica do país, ficamos atrás apenas da Argentina e de Portugal, onde as mulheres produzem (em cada um) 52% das publicações científicas.

Isso é o que indica o relatório Em direção à equidade de gênero na pesquisa no Brasil lançado pela parceria Elsevier-Bori hoje, Dia Internacional da Mulher.

Esse crescimento é identificado também em áreas associadas à Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, em inglês), ando de 35%, em 2002, para 45%, em 2023. Ao mesmo tempo, o estudo revela que a velocidade de crescimento da participacao de mulheres diminui, nestas áreas, a partir de 2009/2010.

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O levantamento da quantidade de autores homens e mulheres que am publicações científicas entre 2002 e 2022 – quarta parceria entre Elsevier e Bori, com informações da ciência brasileira – se baseia em dados Scopus, a partir de ferramenta da Elsevier, que localiza “informações sobre gênero de dados bibliométricos de forma binária, ou seja, tem suas limitações”. 

Para Dante Cid, vice-presidente de Relações Acadêmicas da América Latina da editora Elsevier, estes “são resultados encorajadores ao constatar que, nas gerações mais recentes, a participação feminina vem crescendo”. Mas ele também ressalta que ainda há desafios a superar “nos aspectos de participação nas Ciências Exatas e de participação entre as gerações mais experientes”.

Mais tempo de carreira, menor produção

O estudo Elsevier/Bori também identificou que, entre 2002 e 2022, o percentual de mulheres autoras de publicações científicas cresceu em todas as fases da carreira das cientistas. 

No entanto, conforme o desenvolvimento da carreira, a tendência, entre as mulheres, é a de reduzir sua participação na produção de artigos. Entre 2018 e 2022, mulheres com até cinco anos de carreira assinam mais da metade (51%) das publicações; enquanto apenas 36% das cientistas com mais de 21 anos de carreira mantiveram autorias e coautorias.

Além disso, há grande disparidade de participação conforme a área de conhecimento, superando 60% nas seguintes áreas:
– Psicologia: 61%;
– Farmacologia, Toxicologia e Farmacêutica: 62%; e 
– Enfermagem: 80%.

E ficando abaixo de 30%, nestas áreas:
– Engenharia: 24%;
– Ciência da Computação: 21%; e 
– Matemática: 19%.

E, em meio a esse cenário que ainda está longe de ser o ideal, em algumas áreas, a equidade de gênero em publicação científica está mais próxima. Veja:

– Enfermagem e Psicologia registraram decréscimo de 3,4% e 3,1% entre autoras, em dez anos, respectivamente, indicando um equilíbrio maior entre homens e mulheres;
– Economia, Econometria e Finanças, Negócios, istração e Contabilidade, Ciências Ambientais e Veterinária foram as áreas que apresentaram o maior crescimento no número de autoras neste período, assim: 9,2% (economia), 8% (negócios), 6,6% (ciências ambientais), 6% (veterinária).

Otimista, Fernanda Gusmão, Gerente de Soluções para Pesquisa da América Latina da Elsevier, salienta: “Nos últimos anos, várias universidades têm criado iniciativas para apoiar e incentivar cientistas mulheres em momentos como a maternidade. E acredito que essas ações irão contribuir para acelerar o alcance da equidade em diferentes áreas do conhecimento”.

Proposição de patentes

O estudo também analisou a participação feminina na proposição de patentes de inovação e identificou que o movimento em direção à equidade de gênero é mais lento: nos últimos 15 anos, as patentes de invenções assinadas apenas por mulheres se mantiveram estáveis, crescendo entre 3% e 6%. 

Por outro lado, as patentes em que os inventores são homens e mulheres cresceram significativamente: de 24%, em 2008, para 33%, em 2022.
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Com informações da Agência Bori

Foto: National Cancer Institute/Unsplash

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