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Odete, jovem fêmea de gato-mourisco resgatada ferida, volta à liberdade em reserva da Mata Atlântica no Rio

Odete, jovem fêmea de gato-mourisco resgatada ferida, volta à liberdade em reserva da Mata Atlântica no Rio

Em meados de fevereiro, moradores no município de Paracambi (RJ), em uma área de transição entre mata e zona rural, encontraram um gato-mourisco assustado e com uma das patas inchada. O Corpo de Bombeiros foi chamado e o animal, na verdade, uma jovem fêmea, com pouco mais de um ano, levada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-RJ), em Seropédica.

Agora, após 45 dias de reabilitação, período durante o qual ela recebeu cuidados veterinários e ou por um processo de readaptação, que incluiu estímulos para avaliação de seus comportamentos naturais, Odete, como foi batizada carinhosamente, voltou à vida selvagem há poucos dias.

Antes de ser solta, entretanto, Odete ganhou um rádio-colar, que emite sinais via GPS, e desta maneira, pesquisadores poderão monitorar a sua movimentação, aprender mais sobre o comportamento da espécie na Mata Atlântica e as ameaças enfrentadas, como caça ilegal, atropelamentos e perda de habitat.

“O rádio-colar será essencial para acompanhar sua adaptação, permitindo que os pesquisadores avaliem se ela consegue estabelecer território e encontrar alimento sem dificuldades”, explica Márcio Urselino, analista ambiental do Ibama.

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A reintrodução de Odete ocorreu na Reserva Ecológica Serra do Tangará, espaço gerido pela ONG Instituto Serra do Tangará, em Piraí, no sul do estado. “A reserva foi escolhida para esse processo de refaunação justamente por conta da Mata Atlântica preservada, essencial para a soltura. Esta foi a primeira vez que um felino silvestre foi reintegrado aqui no nosso espaço”, diz Jovani Monteiro, biólogo e diretor do instituto.

Rádio-colar emite sinais de GPS pelos quais será possível
monitorar Odete
Foto: divulgação Ibama

Na Lista Nacional de Espécies Ameaçadas, o gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi) é considerado “vulnerável” à extinção. No Brasil ele também é chamado de jaguarundi, gato-vermelho ou gato-preto.

Com o corpo delgado e alongado, esse felino tem a cabeça pequena e achatada, as orelhas curtas e arredondadas, pernas curtas e uma cauda muito longa. Possui coloração variando do preto ou castanho escuro ao avermelhado. 

De acordo com o Instituto Pró-Carnívoros, os indivíduos de coloração mais escura estão comumente associados a florestas, enquanto os mais claros são encontrados em ambientes mais secos.

Com hábitos solitários e diurnos, o gato-mourisco costuma-se alimentar de pequenos mamíferos, répteis e aves terrestres.

Abaixo o vídeo com a soltura de Odete:

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Foto de abertura: divulgação Ibama

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